domingo, 28 de agosto de 2011

HIV Pela Saúde


A Natureza é fantástica mesmo. Mais uma vez, aparecem provas de que a diferença entre o veneno e o remédio é apenas a dose. Os cientistas conseguem tirar proveito do HIV para tratamento de diferentes tipos de câncer.

HIV é usado na luta contra a leucemia e outros tumores
26/8/2011 10:25:00

O HIV pode se tornar o mais novo aliado da medicina na luta contra o câncer. Uma versão inerte do vírus da Aids foi usada com sucesso por cientistas norte-americanos para modificar geneticamente células de defesa do organismo e tratar pacientes com leucemia. O procedimento foi descrito nesta semana pelas revistas médicas New England Journal of Medicine e Science Translational Medicine.

O tratamento inédito consiste em retirar os linfócitos T - importantes agentes de defesa do corpo - e transferir novos genes para elas. A mudança as torna capazes de destruir as células cancerosas que causam a leucemia e, assim, fazem com que o tratamento tenha sucesso.

A transferência de genes para a célula é feita normalmente por um vírus, e é nessa fase que o HIV é usado; foi com ele que os pesquisadores da Universidade da Pensilvânia conseguiram modificar geneticamente as células de defesa.

"Dentro de três semanas, os tumores tinham sido destruídos de um modo muito mais violento do que poderíamos esperar", reconheceu Carl June, que conduziu a pesquisa. "Funcionou muito melhor que imaginávamos".

"Além de terem uma grande capacidade de se reproduzirem, as células T infundidas são 'serial killers'. Em média cada uma levou à morte de milhares de células do tumor e, ao todo, destruíram pelo menos cerca de 1 kg em cada paciente", completou o pesquisador.
A nova técnica foi aplicada em três pacientes com leucemia linfóide crônica que já não tinham muitas opções de tratamento. Sem ela, eles seriam submetidos ao transplante de medula óssea, no qual o risco de morte é de pelo menos 20% e a chance de cura não supera os 50%.

Agora, a equipe planeja usar o mesmo procedimento em tumores parecidos, como o linfoma não Hodgkin e a leucemia linfóide aguda. Eles também querem experimentar o tratamento em crianças que não reagiram bem ao tratamento convencional. No futuro, a ideia é adaptar a técnica para combater cânceres no ovário e no pâncreas.

Fonte: G1 / Prontuário de Notícias

Consequências da Contaminação por HIV


Esse artigo é um alerta para aqueles que ainda não entenderam que a contaminação pelo HIV é algo muito grave e danoso. Muitos acreditam que, com o advento dos "coquetéis de drogas" para tratamento das manifestações clínicas da AIDS, as coisas estavam resolvidas, não sendo mais necessário adotar os cuidados essenciais para evitar a contaminação. Fora o fato de o "coquetel de medicamentos" causar muitos efeitos colaterais, há todo o desgaste do organismo em tentar se manter em equilíbrio mesmo sob ataque do vírus. Use camisinha sempre e boa leitura. 

Médicos alertam que efeitos ortopédicos da AIDS estão de multiplicando
23/8/2011 10:06:00

O aumento da expectativa da vida dos pacientes que convivem com HIV e mesmo dos pacientes que já registram manifestações clínicas da AIDS levou ao aparecimento de problemas ortopédicos decorrentes tanto da doença, como de efeitos colaterais do chamado "coquetel de drogas". Entre os efeitos mais comuns estão a osteoporose, até mesmo num nível em que ocorrem fraturas espontâneas, sem que tenha havido queda e também necrose dos ossos, a osteonecrose dos joelhos e do fêmur, que exigem a colocação de próteses.

O alerta para que os médicos que atendem esse grupo de pacientes se preocupem com as alterações osteoarticulares relacionadas ao HIV foi publicado na Revista Brasileira de Ortopedia – RBO da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia – SBOT e está inserido numa pesquisa da equipe da infectologista Ana Lúcia Munhoz Lima, que chefia o Serviço de Infecção da Ortopedia do Hospital das Clínicas, da USP.

Ana Lúcia explica que, quando a epidemia surgiu, a sobrevida dos contaminados era relativamente curta, dificilmente chegando há dois anos. Depois de 1996, entretanto, com o surgimento de novas drogas antirretrovirais, "a sobrevida de um paciente que convive com HIV fica em aberto, desde que haja acompanhamento periódico e uso regular da medicação". A própria Ana Lúcia tem pacientes contaminados há mais de 20 anos e que continuam com boa qualidade de vida, graças ao tratamento que mantém reduzida a quantidade de vírus no organismo, impedindo que o paciente perca sua imunidade.

O que tem ocorrido, explica a médica, é que com o vírus há muitos anos no organismo e o consumo também prolongado dos medicamentos provoca, com o tempo, efeitos colaterais que variam de paciente para paciente. Associado a alterações metabólicas, podem ocorrer alterações osteoarticulares, osteopenia e eventualmente osteoporose, o que significa que os ossos ficam mais porosos, a massa óssea se reduz e podem ocorrer fraturas. Também é frequente a necrose, isto é, a morte do tecido ósseo do joelho e do fêmur. Foi registrada também a síndrome do túnel do carpo e a capsulite adesiva glenoumeral.

O alerta da médica é que, como esses efeitos começaram a ser estudados mais recentemente, muitos médicos ainda não valorizam as queixas osteoarticulares dos pacientes, retardando a investigação do quadro ortopédico e é importante que o façam, insiste. "A Medicina tem várias armas para impedir ou retardar o agravamento de tais alterações, mas, para tal, precisam ser diagnosticadas precocemente". No caso da osteopenia e osteoporose, o aumento da ingestão de cálcio, de vitamina D, o uso de medicamentos já utilizados nas mulheres menopausadas e o exercício físico são a recomendação e, quando ocorre a osteonecrose, presente em 12% dos casos estudados pela equipe médica, a solução em graus avançados pode ser a colocação de uma prótese.

Os problemas têm solução, se diagnosticados no início, insiste Ana Lúcia, mas no Brasil, em áreas mais distantes dos grandes centros, ainda ocorrem casos de AIDS que demoram a ser diagnosticados e os pacientes só chegam aos centros que podem tratá-los quando já imunodeprimidos e com problemas que com o tempo se agravaram. A recomendação é que nesses casos, principalmente, não se deixe de pesquisar efeitos ortopédicos e, se necessário, que o paciente seja encaminhado a um ortopedista ou a um reumatologista.

Fonte: SOB / Prontuário de Notícias

sábado, 13 de agosto de 2011

Motivo do fracasso no regime está nos neurônios
12/8/2011 10:24:00

Cientistas descobriram o motivo que explica o fato de ser tão difícil emagrecer e ele está todo no cérebro. Em testes feitos em ratos, os pesquisadores perceberam que a privação de alimento induz um processo nos neurônios chamado de Autofagia – as células do hipotálamo comem as reservas de gordura de outras células. O processo representa um sinal de alerta da fome. A sensação de fome é justamente a maior dificuldade durante uma dieta, o bloqueio deste sinal evitaria a necessidade do indivíduo ter de se controlar para não comer.

Como resolução dos problemas dos regimes malsucedidos, os pesquisadores da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, conseguiram bloquear a autofagia e por consequência o alerta de fome. Com isto, eles descobriram também uma nova maneira de modular o apetite e o peso corporal em abrir caminho para, no futuro, desenvolver um novo remédio para o emagrecimento.

Para bloquear o canibalismo entre os neurônios, os pesquisadores descobriram o gene responsável pelo processo de autofagia, o atg7 e o retiraram. "No entanto isto foi feito apenas de forma experimental. Por enquanto, só estão disponíveis neste momento agentes farmacológicos experimentais que podem ser usados para inibir ou ativar o processo de autofagia nas células de roedores", disse Rajat Singh, autor do estudo publicado no periódico científico Cell.

O pesquisador joga um banho de água fria nos ávidos pelo emagrecimento mais fácil. Ele afirma que ainda vai demorar alguns anos para que o novo remédio seja fabricado. Mas a expectativa é que estudos futuros consigam desenvolver novas drogas que possam ser usadas por humanos. "Nossas descobertas ainda precisam ser testadas em humanos, o que é a nossa meta de longo prazo", disse.

A autofagia é um processo comum em diversas células do corpo de animais e humanos. “O grupo de pesquisadores começou, inclusive, a pesquisa estudando a autofagia como forma de diminuir o estoque lipídico em órgãos como o fígado. E aí ficamos interessados em testar isto em neurônios do hipotálamo", disse.

Sigh explica que a perda nos estoques de gordura ocorre de maneira muito sutil. "Elas ocorrem apenas em momentos breves quando os ratos estão famintos. Quando o alimento é ingerido o estoque de gordura cresce rapidamente nos neurônios", disse Sight, explicando que a perda de gordura não afetou os neurônios dos ratos. Nos testes, também não foi observado nenhum efeito neurológico negativo nos animais quando a autofagia foi bloqueada nos neurônios.

A descoberta de como controlar o sistema de alerta de fome tem outro lado além daquele de facilitar o regime, como reduzir as taxas de obesidade e de diabetes pelo sobrepeso. Sigh conta que também será possível ajudar idosos que têm redução de apetite.

Fonte : IG / Prontuário de Notícias

Mais uma Arma Contra o Câncer

Descoberta da astronomia poderia levar a tratamento eficaz de câncer
10/8/2011 09:59:00

O que astronomia e medicina têm em comum? Aparentemente, a possível cura para uma das piores doenças que já existiram. Astrônomos fizeram uma descoberta no estudo de estrelas e buracos negros que pode levar a tratamentos mais seguros e efetivos de câncer no futuro.

Os cientistas notaram que metais pesados emitem elétrons de baixa energia quando expostos a raios-X com energias específicas. Isso levanta a possibilidade de que implantes feitos de ouro ou platina poderiam permitir aos médicos destruir tumores com elétrons de baixa energia, expondo o tecido saudável à radiação muito menor do que é possível hoje.

Simulações de computador sugerem que atingir um único átomo de ouro ou platina com uma pequena dose de raios-X em uma estreita faixa de frequências produz uma avalanche de mais de 20 elétrons de baixa energia.

Os cientistas explicam que esses elétrons ejetados podem matar o câncer, destruindo seu DNA. Assim, os médicos podem incorporar muitas nanopartículas de metal pesado dentro e ao redor de tumores e, em seguida, atingir-lhes com radiação adaptada.

O chuveiro de elétrons resultante poderia destruir um tumor, e o processo reduziria grandemente a exposição à radiação do paciente, em comparação com métodos de tratamento mais atuais de radiação.

A equipe construiu um protótipo que mostra que frequências específicas de raios-X podem liberar elétrons de baixa energia a partir de nanopartículas de metais pesados. Enquanto a máquina ainda precisa ser desenvolvida, já existe prova de que a técnica tem potencial para o tratamento do câncer.

Em resumo, o estudo poderá eventualmente levar a uma combinação de radioterapia com quimioterapia, com a platina sendo o agente ativo.

Esse potencial novo tratamento surgiu com o estudo dos céus. Especificamente, os pesquisadores estavam tentando entender do que diferentes estrelas são feitas, com base em como a radiação flui através e emana delas.

A equipe construiu modelos de computador complexos para simular esses processos. Os modelos deram pistas de como metais pesados, como o ferro, se comportam quando absorvem diferentes tipos de radiação.

O ferro desempenha um papel dominante no controle do fluxo de radiação através de estrelas. Mas também é observado em alguns ambientes como buracos negros, que produzem alguns tipos de raios-X que podem ser detectados da Terra.

Foi quando eles perceberam que as implicações iam além da astrofísica atômica: raios-X são usados o tempo todo em tratamentos de radiação e de imagem, bem como metais pesados. Se fosse possível alvejar nanopartículas de metais pesados em certos locais do corpo, seria possível também reduzir a exposição à radiação e ser muito mais preciso.

"Como astrônomos, aplicamos física e química básicas para compreender o que está acontecendo nas estrelas. Estamos muito animados em aplicar o mesmo conhecimento para tratar o câncer", disse o astrônomo Sultana Nahar.

Fonte : LiveScience / Prontuário de Notícias